15 julho 2014

"Viciados em sexo" assemelham-se aos toxicodependentes

Um estudo feito na Universidade de Cambridge, Reino Unido, revelou que pessoas viciadas em sexo têm os padrões da atividade cerebral semelhantes aos indivíduos dependentes de droga. 
 
Os investigadores do Departamento de Psiquiatria selecionaram uma amostra de 38 homens, metade com comportamentos sexuais compulsivos e os restantes sem esse distúrbio.
Os homens que assistiam a filmes pornográficos com conteúdos explícitos foram submetidos, ao mesmo tempo, a exames de ressonância magnética que registaram a atividade cerebral.
O objetivo era observar a resposta do cérebro nos dois grupos e o resultados foram conclusivos. Os "viciados em sexo" revelaram uma atividade cerebral superior, em relação aos outros pacientes, nas mesmas regiões do cérebro afetadas pelos toxicodependentes após o consumo de droga.
As áreas são conhecidas pela ligação com os sentimentos de recompensa e motivação, assim como o desejo descontrolado, neste caso, de sexo e droga.
Depois de verem os vídeos, os homens classificaram o nível de desejo sexual e de que forma gostaram dos filmes. Como era esperado pelos investigadores, os pacientes com comportamentos sexuais compulsivos mostraram níveis de desejo sexual mais elevados, mesmo que tenham gostado dos vídeos de igual forma aos outros pacientes.
O estudo também concluiu que os "viciados em sexo" começaram a ver pornografia numa idade muito jovem e quanto mais jovem, maior o nível de atividade cerebral em resposta aos vídeos.

O estudo vem agora levantar a discussão sobre a necessidade das pessoas com comportamentos sexuais compulsivos se inserirem na área de distúrbios mentais. Para tal, a Universidade de Cambridge vai continuar a fazer mais investigações, com uma amostra maior, para saber se estes são casos de dependência.
Segundo um psicólogo da Universidade da Califórnia, Rory Reid, os comportamentos sexuais compulsivos são definidos pela excessiva preocupação com sexo e o uso do sexo como forma de lutar contra dificuldades e stress. Os casos mais graves podem trazer consequências negativas na vida das pessoas, nomeadamente, nas relações pessoais e profissionais. 

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=4026230&page=-1 

14 julho 2014

Projecto "Noite Saudável em Coimbra"

O Projeto "Noite Saudável em Coimbra" em destaque na página da DGS.

http://www.dgs.pt/em-destaque/noite-saudavel-em-coimbra.aspx

Criado gel que previne transmissão do VIH até 24 horas

Um novo gel microbicida apresentado, esta quarta-feira, em Madrid permite prevenir com eficácia a transmissão do vírus do VIH/Sida durante relações sexuais, se for aplicado oito horas antes do ato sexual.
Ángeles Muñoz, a chefe de secção do laboratório de Imunobiologia Molecular do hospital Gregorio Marañón, em Madrid, apresentou este gel em conjunto com o professor titular do departamento de Química Inorgânica da Universidade de Alcalá, Javier de la Mata, informou a agência Efe.
O gel tem uma eficácia de proteção do VIH entre 18 e 24 horas, durante as quais se podem manter relações sexuais sem contágio, e o ideal seria aplicá-lo 8 horas antes da relação sexual.
O composto baseia-se no dendrímero 2sg-s16, um tipo de partícula microscópica que bloqueia a infeção de células epiteliais e do sistema imunitário por parte do VIH, mas não é espermicida, pelo que os investigadores já advertiram para a possibilidade de se causar gravidez.
Muñoz explicou que o gel microbicida demonstrou uma eficácia 'in vivo' de cerca de 85%, mas a eficácia 'in vitro' foi cerca de 100%, em combinação com medicamentos antirretrovirais.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Saude/Interior.aspx?content_id=4017517

Criança dada como curada afinal ainda tem HIV

Uma criança norte-americana, que nasceu infetada com HIV e foi dada como curada em 2013, afinal continua a ser portadora do vírus da sida.
Em 2013, e pela primeira vez, uma bebé infetada com o vírus da sida foi considerada curada por uma equipa de médicos no Mississipi, EUA. No entanto, o "milagre" médico afinal não aconteceu: a criança, a quem deixaram de administrar medicamentos de controlo da doença, voltou agora a tomá-los por dar sinais de retorno do vírus.
A criança entrou em remissão em 2013, mas não deixou de ser acompanhada pela equipa médica, liderada por Deborah Persaud, que tomou conta do caso, realizando testes de despistagem da doença regularmente. Todos os testes efetuados até à semana passada mostravam que a criança estava em "cura funcional", pois não tinha qualquer sinal de ser portadora do vírus. O cenário mudou com os últimos resultados, com os testes de sangue a mostrarem que, afinal, a menina ainda é seropositiva.
Os investigadores não conseguem explicar o que causou o retorno do vírus.
A descoberta desmoraliza os investigadores que acreditavam que bébes de mães seropositivas poderiam ser curados se recebessem grandes doses medicação desde o nascimento.
Mesmo assim, a luta ainda não está dada como perdida pois, explicam os virologistas, este não era um caso de erradicação total do vírus, mas sim de enfraquecimento do mesmo. Esse entorpecimento do vírus permitiu, até ao momento, que o sistema imunitário da criança conseguisse controlar a doença sem recurso a antirretrovirais (razão pela qual esta foi considerada em remissão) mas poderá ser, como comprova este caso, reversível.
Para além desta primeira cura funcional, foi anunciada uma segunda em março, de outro bebé nascido em 2013 e acompanhado desde o nascimento (mas que continua a receber tratamento). 

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Saude/Interior.aspx?content_id=4021544&page=-1