31 março 2008

SIDA no mundo em 2007

UNAids contabiliza 33 milhões de infectados
Em 2007, vivem no mundo 33.2 milhões de pessoas infectadas com o vírus da imunodeficiência adquirida (VIH). Destas, 15.4 milhões são mulheres e 2.5 milhões crianças abaixo dos 15 anos de idade. Só em 2007 foram infectadas 2.5 milhões de novas pessoas, tendo morrido da doença 2.1 milhões em todo o mundo. Estes são os mais recentes dados que caracterizam o estado do VIH/Sida no mundo, divulgados pela UNAids – Programa das Nações Unidas para o VIH/Sida e pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no relatório “2007 AIDS Epidemic Update”. As entidades reduziram, no entanto, as estimativas do número de infectados com o vírus da Sida de 40 milhões, em 2006, para 33 milhões de pessoas, em 2007.
Apesar de a taxa de novos casos e de mortalidade pela doença estar a diminuir, as estimativas apontam para o surgimento de 6800 novos casos por dia e cerca de 5700 mortes. Desde 2001, quando foi assinada a Declaração de Compromisso VIH/Sida das Nações Unidas, o número de pessoas a viver com o vírus na Europa de Leste e Ásia Central aumentou mais de 150 por cento, de 630 mil para 1.6 milhões de casos em 2007. Na Ásia, estima-se que o número de infectados no Vietnam tenha duplicado entre 2000 e 2005 e que a Indonésia apresenta o crescimento mais rápido da epidemia.
África é o continente que, de longe, regista o maior número de casos, enquanto que certas zonas da Ásia apresentam as taxas de crescimento de infecções mais rápidas. Na África Subsariana, existem cerca de 22,5 milhões de pessoas infectados pelo VIH, mas o número de novos casos anuais (1.7 milhões) é menor do que os registados nos anos precedentes. Na Ásia, existem 4,9 milhões de pessoas que sofrem desta condição, sendo que o Vietnam duplicou o número de casos desde o ano 2000. Os dados dão conta de que, em 2007, foram infectadas 2.5 milhões de pessoas, um valor abaixo do ponto alto registado no final dos anos 90, onde se registavam cerca de três milhões de novas infecções por ano.
A queda do número de mortes anuais para 2.1 milhões deve-se ao maior acesso a medicamentos anti-retrovirais e tratamentos. A UNAids diz que os casos passaram de 39,5 milhões, em 2006, para 33,2 milhões, em 2007. Peter Piot, director executivo da UNAids, diz que «os dados agora aperfeiçoados mostra-nos uma imagem clara da epidemia da Sida, apresentando-nos os desafios e as oportunidades. Inquestionavelmente, estamos a ter o retorno do investimento realizado. Mas temos de expandir os nossos esforços, para reduzir significativamente o impacto da Sida a nível mundial».

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