Lesões internas mais graves, mas que não aparecem a olho nu, provocam menos impacto

O HPV é a
doença sexualmente transmissível mais comum e afecta cerca de 630 milhões de
pessoas no mundo.
Há dois tipos
de reacção ao HPV: a verruga genital, de baixo risco, e a lesão pré-cancerosa e
o cancro, que não são visíveis, mas são de alto risco. O estudo mostra que a
preocupação e o medo são os sentimentos «campeões» quando o diagnóstico da
doença é revelado, seguidos pela raiva.
Segundo a
ginecologista Adriana Campaner, coordenadora do estudo, o diagnóstico do HPV
causa discussões entre as mulheres e os seus companheiros. Entre as avaliadas,
21% relataram conflito com o parceiro ligando a doença à infidelidade e 10%
romperam as suas relações por causa disso.
Mas, segundo
Campaner, essa reacção é equivocada, porque não é possível identificar quando a
pessoa contraiu o vírus. «A manifestação das lesões pode levar anos.» Segundo a
ginecologista, 80% das mulheres vão ser infectadas com HPV pelo menos uma vez
na vida. Ainda afirmou que a hipótese de uma mulher contrair o vírus em uma
relação sexual é de 30% a 60%.
Em 90% dos
casos, o HPV é transmitido por relações sexuais, mas há casos de pessoas que já
contraíram o vírus pelo contacto com a sanita, uma toalha humedecida, sabonete
e até material cirúrgico que não foi higienizado.
O condiloma
pode ser tratado por métodos químicos ou físicos, que destroem a lesão. Já para
tratar a lesão pré-cancerosa, é necessário fazer uma cirurgia para retirada da
lesão. O tratamento para o cancro no colo do útero depende do grau de
comprometimento do organismo.
«O ideal é
descobrir as lesões pré-cancerosas antes de evoluírem para cancro», alerta a
ginecologista. «Mas em apenas uma em cada cem mulheres o HPV evolui para o
cancro.»
A prevenção
contra a doença inclui a prática de sexo seguro, a vacinação e exames regulares
- como o papanicolau e a consulta ginecológica de rotina.
Fonte: Agência LUSA
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