21 novembro 2012

The European Party Friends Night


A Associação Existência, através do Projeto Nov’Ellos, cujo objectivo é o de reduzir o consumo e os riscos associados ao consumo de substâncias psicoativas em contextos recreativos, vai promover, no dia 24 de Novembro, com início pelas 22h 30m, o evento The European Party Friends Night.
 
Este evento surge de uma iniciativa do Nightlife Empowerment and Well-being Implementation Project (NEWIP), Projecto Europeu financiado pela União Europeia.
 
Pretende  sensibilizar os frequentadores de contextos recreativos para a importância que os amigos têm em contextos de diversão, de forma a reduzir riscos e promover a segurança.

20 novembro 2012

Mais 2,5 milhões vivem com o vírus da sida

Pelo menos 2,5 milhões de pessoas contraíram o vírus da sida em 2011, números que confirmam a tendência decrescente das novas infeções que, numa década, caíram 20%, revelam dados divulgados pelas Nações Unidas. 

No ano passado viviam, em todo o mundo, 34 milhões de pessoas infetadas com o VIH, 23,5 milhões na África Subsaariana, cinco milhões na Ásia, 1,4 milhões na América Latina, 1,4 milhões na América do Norte, 900 mil na Europa, 300 mil no Médio Oriente e África setentrional, 230 mil no Caribe e 53 mil na Oceânia, revela a edição de 2012 do relatório global da agência das Nações Unidas para a SIDA (ONUSIDA).
O relatório, que foi divulgado, esta terça-feira, em Genebra, em antecipação ao Dia Mundial da Sida, que se assinala a 1 de dezembro, adianta que a África Subsaariana se mantém como a região mais afetada em todo o mundo com um em cada 20 adultos infetados com o VIH, o que representa 69% da população mundial que vive com o vírus.
As mulheres representam mais de metade (58%) das pessoas infetadas nesta zona do mundo.
A África Subsaariana (25%) e o Caribe (42%) foram as regiões que registaram maior decréscimo no número de infeções entre 2001 e 2011.
No relatório, as Nações Unidas mostram preocupação com a tendência verificada no Médio Oriente e Norte de África, onde o número de novas infeções aumentou mais de 35%, passando de 27 mil em 2001 para 37 mil em 2011.
Nesta região, registavam-se no ano passado 300 mil pessoas que viviam com o vírus da sida, tendo ocorrido 23 mil mortes relacionadas com a doença.
As Nações Unidas encontraram ainda sinais de que as infeções por VIH na Europa de Leste e na Ásia Central começaram a aumentar desde meados da década de 2000. Com 1,4 milhões de pessoas infetadas com o VIH, a região registou no ano passado 140 mil novas infeções e 92 mil mortes.
O estudo revela ainda que na última década várias epidemias nacionais sofreram "alterações dramáticas", tendo-se registado uma quebra na ordem dos 25% da incidência das infeções por VIH em 39 países, 33 dos quais localizados na África Subsaariana.
Moçambique, África do Sul, Jamaica, Quénia, México, Serra Leoa, Níger ou Tailândia são alguns dos países com comportamentos positivos.
Em sentido oposto, pelo menos nove países - Bangladesh, Geórgia, Guiné-Bissau, Indonésia, Cazaquistão, Quirguistão, Filipinas, Moldávia e Sri Lanka - aumentaram em pelo menos 25% o número de novas infeções.

Menos 32% de mortes
O número de mortes relacionadas com a Sida atingiu os 1.7 milhões, 1,2 milhões das quais ocorreram na África Subsaariana, valores que representam uma quebra de 24% relativamente a 2005, quando ocorreram 2,3 milhões de mortes.
O número de mortes caiu 32% entre 2005 e 2011, apesar de a região representar 70% de todas as pessoas que morreram em 2011 de causas relacionadas com a sida.
Também o Caribe (48%) e a Oceânia (41%) registaram reduções significativas no número de mortes, tendo a América Latina (10%), a Ásia (4%) e a Europa Central e América do Norte (1%) revelado quebras mais modestas.
As regiões da Europa de Leste e Ásia Central (21%) e do Médio Oriente e Norte de África (17%) registaram, por seu lado, o aumento da mortalidade associada à doença.

Grupos com maiores taxas
Profissionais do sexo (23% mais que o resto da população), consumidores de droga (22%) e homossexuais (13%) mantêm-se como os grupos populacionais com maiores taxas de incidência de infeções por VIH.
O relatório revela ainda que o aumento do uso de antirretrovirais em países de baixo e médio rendimento permitiu salvar 14 milhões de vidas por ano desde 1995, 9 milhões das quais na África Subsaariana.
Em 2011, foram disponibilizados 16.800 milhões de dólares para a prevenção e tratamento da sida em todo o mundo, 30% menos que o necessário para uma resposta completa em 2015.


24 setembro 2012

Cursos de Qualificação dos Profissionais da Saúde 2012

Intervir ao Nível dos Cuidados Paliativos - 35 horas
Destinatários: Profissionais de Saúde com interesse na temática.

Abordagem Geral de Noções Básicas de Primeiros Socorros - 25 horas
Cuidados na Saúde Materna – 25 horas
Destinatários: Técnicos Auxiliares de Saúde e outros Profissionais de Saúde com interesse na temát
ica.

 Os curso terão início nos meses de outubro/ novembro
 
Regalias:
Subsídio Alimentação (nos cursos de 25h)
Subsídio Transporte quando devido
Certificado de Formação

Informações e Inscrições:
239 837 033/ 965 592 748
a.existencia@gmail.com
Av. Emídio Navarro nº 81, 2ºA
3000-151 Coimbra

12 setembro 2012

Já é possível atacar proteína fulcral para a bactéria da tuberculose

A anedota sobre como as enzimas se reproduzem é conhecida por muitos investigadores: "uma enzima da outra". É um trocadilho básico, mas ajusta-se ao que se passa nas células, onde as reacções químicas dependem de ligações físicas entre moléculas que se encaixam como se fossem a chave e a fechadura de uma porta. Um artigo publicado agora na revista Science Translational Medicine, assinado por um investigador português, mostra a estrutura tridimensional de uma proteína da bactéria da tuberculose quando está ligada a um químico que torna a enzima ineficaz e mata a bactéria. 


A descoberta pode ajudar a combater uma das piores doenças actuais, que em 2010 matou 1,4 milhões de pessoas.

A DprE1 é uma enzima importante para a bactéria Mycobacterium tuberculosis, diz-nos João Neres, farmacologista de formação que está a fazer um pós-doutoramento na Escola Politécnica Federal de Lausane, na Suíça. "Esta molécula está envolvida na biossíntese da parede celular da bactéria da tuberculose", explica o português. A parede celular reveste a bactéria e dá-lhe uma estrutura e uma protecção. É um dos alvos preferidos dos cientistas para combater as infecções bacterianas.

Em 2009, a equipa de Neres, liderada por Stewart Cole, publicou um artigo na Science onde mostrava que o antibiótico BTZ043 ligava-se à DprE1. Esta ligação impedia a produção de um açúcar vital para a formação da parede celular, o que matava as bactérias da tuberculose.

O antibiótico já foi testado em várias estirpes da bactéria, incluindo muitas que são resistentes à panóplia de antibióticos utilizados para a tuberculose, que já têm mais de quatro décadas de existência, e são cada vez mais ineficientes contra as bactérias resistentes. O BTZ043 conseguiu sempre matar as bactérias e, neste momento, está quase pronto para entrar em ensaios clínicos.

Mas o que a equipa conseguiu, entretanto, foi cristalizar o complexo formado pelo antibiótico ligado à DprE1. Deste modo, com ajuda de uma técnica de raios-X, conseguiram uma imagem tridimensional do conjunto e perceberam exactamente onde é que o antibiótico se liga à proteína, de forma irreversível, impedindo-a de funcionar.

Segundo João Neres, o processo experimental para obter esta imagem é muito complicado. "Saber sobre esta estrutura a três dimensões da proteína permite de um modo mais racional produzir medicamentos que consigam encaixar e inibir melhor a enzima", revela o cientista.Deste modo, se surgirem problemas nos ensaios clínicos com o BTZ043, se o químico se revelar tóxico em humanos, os cientistas conseguem, mais facilmente, mudar a estrutura da molécula para deixar de ser tóxica, mas mantendo a parte que se liga à enzima e a inibe.

Esta é a segunda vez que se conseguiu revelar a estrutura de um complexo proteína-antibiótico da bactéria da tuberculose. Num comentário ao artigo, Gregory Cook, da Universidade de Otago, na Nova Zelândia, sublinha a importância da descoberta: "Isto faz com que a nova estrutura apresentada por Neres seja um feito notável, que deve acelerar o desenvolvimento da nova geração de drogas contra a tuberculose."

26 agosto 2012

Detida prostituta de 21 anos que assaltava clientes


Uma jovem prostituta de 21 anos foi ontem detida pela PSP de Coimbra, suspeita de ser co-
-autora numa série de assaltos à mão armada registados na Baixa de Coimbra. Crimes noticiados em primeira mão pelo Diário de Coimbra e que envolvem vários cúmplices.

Aliás, ontem de madrugada registou-se mais um destes casos que levou à detenção da mulher por volta das 2 horas da madrugada. A prostituta atacava na zona da Fernão de Magalhães e aliciava homens com alguma idade . Depois, já com ajuda dos cumplíces e sob a ameaça de arma branca, era exigido às vítimas o dinheiro que tinham consigo ou outros objectos.

Jornalista:  João Luís Campos

07 agosto 2012

Aumenta número de idosas com VIH em estado avançado

Não estão incluídas nos grupos ditos de risco e por isso, sentem-se mais protegidas de uma doença que acreditam ser um exclusivo dos mais jovens. Mas o que as mulheres com mais idade não sabem é que o risco, nelas, é acrescido.

Sobreviver já não é palavra rara no vocabulário dos doentes com VIH/sida. E ainda que a cura continue a ser o objectivo final, a doença deixou de ser sentença de morte, cortesia da investigação, para, em muitos casos, se transformar numa doença crónica. No entanto, alerta Teresa Branco, especialista de medicina interna do serviço de Infecciologia do Hospital Fernando Fonseca, na Amadora, chegam aos serviços de saúde cada vez mais mulheres com sida «e portanto, já em fases muito avançada da doença».
É sobretudo às de mais idades que isto acontece. Excluídas dos grupos ditos de risco, a mulheres mais velhas acabam por não se reconhecer como tal, ou seja, como estando em risco de infecção.
«Muitas vezes já sem a preocupação de uma gravidez indesejada, com um novo parceiro da mesma idade, nem põem a hipótese de utilização de um preservativo. Ou com o seu companheiro de sempre, que muitas vezes desconhece a sua própria infecção, a mulher de mais idade só vai saber que se infectou quando fica doente», refere a médica.
Por isso, reforça, é muito importante «chamar a atenção que esta não é uma doença só dos jovens, que pode afectar toda a gente». Aliás, as mulheres com mais idade têm até mesmo um risco aumentado, tendo em conta que «têm as mucosas mais frágeis, menos hormonas».

Novos desafios
O entender do tempo de vida destes doentes, que é já um facto – «a esperança de vida das pessoas infectadas assemelha-se, nos indivíduos que cumprem o tratamento, à da população em geral» –, acarreta problemas, dúvidas e dificuldades, como se os serviços de saúde estarão preparados para lidar com estes doentes.
Teresa Branco defende que têm que «se organizar para lidar com uma doença crónica. Não é uma infecção para a qual se toma um antibiótico e se consegue uma cura. É uma doença que necessita de tratamento permanente e tomado de forma regular ao longo de toda a vida. Só assim se consegue manter o vírus controlado».

Carla Marina Mendes | cmendes@destak.pt
10 | 07 | 2012   18.35H

http://www.destak.pt/artigo/133565-aumenta-numero-de-idosas-com-vih-em-estado-avancado

01 agosto 2012

Mais de 900 casos de VIH/Sida diagnsticados em 2011

Mais de 900 casos de infeção pelo vírus VIH/sida foram diagnosticados no ano passado, 60% deles entre heterossexuais e 26% entre homo ou bissexuais, indica um relatório do Instituto Ricardo Jorge. 
Segundo um relatório sobre a situação da infeção VIH/sida em Portugal em dezembro de 2011, esta semana divulgado pelo Instituto Ricardo Jorge, dos casos diagnosticados nesse ano 608 estavam na categoria de transmissão "heterossexual", 258 em "homo/bissexual" e 95 entre toxicodependentes, o que corresponde a menos de 10% dos casos.
Para os casos diagnosticados entre 2006 e 2011, as proporções entre as várias categorias de transmissão são diferentes, mas verifica-se uma tendência de aumento entre os heterossexuais e homossexuais e um decréscimo na categoria dos toxicodependentes.
Do total de casos, a maioria (552) correspondia a portadores assintomáticos. Nestes, predominam jovens entre os 20 e os 39 anos e notou-se um elevado número de casos associados a heterossexuais e a toxicodependentes.
Como casos de sida foram diagnosticados 303, com um padrão epidemiológico idêntico ao registado no ano anterior: aumento de transmissão hetero e homo/bissexual e redução de casos associados à toxicodependência.
O documento mostra que os 303 casos de sida diagnosticados são o número mais baixo desde 1992.
Foram ainda identificados no ano passado 131 casos de infeção pelo vírus classificados como sintomáticos, mas "não sida".
Cumulativamente, a 31 de dezembro de 2011 estavam notificados em Portugal 41.035 casos de VIH/sida nos diferentes estádios de infeção, sendo 16.880 de sida. 


30 julho 2012

Especialistas defendem que é preciso ir mais longe no combate à SIDA nas mulheres


Especialistas reunidos em Washington alertaram que as mulheres são particularmente vulneráveis à Sida e afirmaram que é preciso ir muito mais longe do que o actual foco nas grávidas para abordar o problema.



O alerta, lançado durante a 19.ª conferência internacional sobre Sida, a decorrer esta semana em Washington, assenta no facto de 1,2 milhões de mulheres e raparigas terem sido infectadas em 2011, a maioria nos países em desenvolvimento.
Além disso, estatísticas divulgadas na semana passada pela ONUSida apontam que as taxas de infecção entre as jovens dos 15 aos 24 anos são duas vezes superiores às dos rapazes da mesma faixa etária e 63% de todas as jovens deste grupo que vivem com o vírus são mulheres.A infecção pelo VIH é a principal causa de mortalidade entre as mulheres em idade fértil.
«Não podemos sequer começar a falar em pôr fim à Sida enquanto uma parte tão importante do impacto da epidemia continuar a afectar tão fortemente as mulheres», afirmou Diane Havlir, professora de medicina na Universidade da Califórnia, em São Francisco, e co-presidente da conferência de Washington, que reúne 20 mil delegados de 190 países.
A médica defendeu que são necessárias «novas abordagens de prevenção com antirretrovirais e microbicidas», já que as mulheres têm maior risco de transmissão do HIV do que os homens nas relações heterossexuais sem preservativo.
Em muitos países, não têm sequer poder de exigir aos parceiros que usem protecção e são muitas vezes vítimas de abuso sexual.
Para a directora adjunta da UNICEF, Geeta Rao Gupta, «foram alcançados progressos substanciais nos últimos anos, mas o objectivo está longe de atingido quando as taxas de infecção se mantêm persistentemente elevadas entre os adolescentes, particularmente as raparigas».
De entre os 2,2 milhões de adolescentes que viviam com Sida no mundo em 2011, 1,3 milhões eram meninas.
«Estas adolescentes e jovens raparigas, as nossas irmãs e filhas, representam uma questão não resolvida na resposta à Sida», disse Rao Gupta.

Publicado em 26-07-2012 por Diário Digital com Lusa 
http://sol.sapo.pt/inicio/Sociedade/Interior.aspx?content_id=55315

27 julho 2012

Fármaco para cancro “acorda” vírus HIV para melhor o erradicar

Investigadores norte-americanos mostraram, pela primeira vez, que é possível detectar, para depois os eliminar, os reservatórios escondidos de vírus HIV no organismo humano.

As actuais terapias anti-HIV conseguem eliminar quase todo o vírus detectável no organismo de uma pessoa infectada. Mas quando o tratamento é interrompido, a infecção pode ressurgir passados uns tempos. Ao que tudo indica, isso deve-se à existência de reservatórios persistentes de vírus que escapam ao ataque dos anti-retrovirais porque não estão a replicar-se nas células. Estão inactivos, silenciosos.

Estudos anteriores já tinham mostrado, in vitro, que o vorinostat, um fármaco utilizado no tratamento de certos tipos de linfomas, era capaz de reactivar esses HIV latentes, de os fazer sair dos seus esconderijos, por assim dizer. E esta quinta-feira, David Margolis, da Universidade da Carolina do Norte (EUA), e colegas, anunciam na revista Nature que uma única dose do fármaco também foi suficiente para “acordar” os HIV latentes em oito adultos seropositivos que estavam a ser tratados com terapias anti-HIV e cujo estado clínico era estável.

Quando os cientistas mediram os níveis de ARN viral nos linfócitos CD4 (as células do sistema imunitário humano que o HIV utiliza para replicar o seu património genético), constataram que esses níveis tinham aumentado quatro a cinco vezes nos participantes após a dose de vorinostat, assinalando que os vírus dormentes estavam de facto a ser “desmascarados”.

“Este trabalho sugere fortemente uma nova estratégia para atacar e erradicar a infecção latente pelo HIV”, diz Margolis em comunicado. Os autores salientam contudo que o vorisostat tem alguns efeitos tóxicos, que devem ser tidos em consideração quando se pretende utilizar este ou outros fármacos semelhantes para tentar erradicar de vez .

 Publicado em 26.07.2012 - 15:30 Por Ana Gerschenfeld

24 julho 2012

Nobel da Medicina de 2008 diz que SIDA pode ser eliminada até 2050


A professora Françoise Barré-Sinoussi, vencedora do prémio Nobel da Medicina em 2008 por ter ajudado a descobrir o vírus da SIDA, defende, esta sexta-feira, que a cura da doença está à vista, graças a recentes descobertas científicas.
Em entrevista à AFP, a propósito da conferência que vai dar em Washington sobre a doença, a laureada com o Nobel afirmou que, "em princípio", será possível eliminar a pandemia da SIDA até 2050 caso os obstáculos ao acesso a medicamentos próprios sejam eliminados.
As principais barreiras não são científicas, mas políticas, económicas e sociais, criticou, referindo que o principal problema é a falta de acesso aos testes e drogas nas áreas pobres e rurais e o estigma em torno do vírus, prejudica a sua deteção precoce e tratamento.
Cerca de 25 mil pessoas - incluindo celebridades, cientistas e portadores de HIV - são esperadas no domingo na capital norte-americana para apelar a uma ação global mais forte para enfrentar a epidemia de SIDA que já dura há três décadas.
O número de pessoas em tratamento aumentou 20 por cento entre 2010 e 2011, atingindo 8 milhões nos países mais pobres.
No entanto, este número representa apenas metade das pessoas que deviam estar em tratamento em todo o mundo, o que sugere que há ainda muito mais a fazer, defendeu François Barré-Sinoussi.
Mais de 34 milhões de pessoas no mundo vivem com HIV, número que representa um recorde de sempre, sendo que cerca de 30 milhões já morreram de causas relacionadas com a SIDA, desde que a doença surgiu na década de 1980, de acordo com as Nações Unidas.

Publicado em 20-07-2012  às 10.08


23 julho 2012

Estudo mede impacto emocional da infecção pelo HPV


Lesões internas mais graves, mas que não aparecem a olho nu, provocam menos impacto

As verrugas genitais causadas pelo HPV (papiloma vírus humano) provocam mais impacto na vida das mulheres do que as lesões internas causadas pelo mesmo vírus, que não aparecem a olho nu, mas são mais graves. A conclusão é de um estudo com 29 pacientes da Santa Casa de São Paulo.
O HPV é a doença sexualmente transmissível mais comum e afecta cerca de 630 milhões de pessoas no mundo.
Há dois tipos de reacção ao HPV: a verruga genital, de baixo risco, e a lesão pré-cancerosa e o cancro, que não são visíveis, mas são de alto risco. O estudo mostra que a preocupação e o medo são os sentimentos «campeões» quando o diagnóstico da doença é revelado, seguidos pela raiva.
Segundo a ginecologista Adriana Campaner, coordenadora do estudo, o diagnóstico do HPV causa discussões entre as mulheres e os seus companheiros. Entre as avaliadas, 21% relataram conflito com o parceiro ligando a doença à infidelidade e 10% romperam as suas relações por causa disso.
Mas, segundo Campaner, essa reacção é equivocada, porque não é possível identificar quando a pessoa contraiu o vírus. «A manifestação das lesões pode levar anos.» Segundo a ginecologista, 80% das mulheres vão ser infectadas com HPV pelo menos uma vez na vida. Ainda afirmou que a hipótese de uma mulher contrair o vírus em uma relação sexual é de 30% a 60%.
Em 90% dos casos, o HPV é transmitido por relações sexuais, mas há casos de pessoas que já contraíram o vírus pelo contacto com a sanita, uma toalha humedecida, sabonete e até material cirúrgico que não foi higienizado.
O condiloma pode ser tratado por métodos químicos ou físicos, que destroem a lesão. Já para tratar a lesão pré-cancerosa, é necessário fazer uma cirurgia para retirada da lesão. O tratamento para o cancro no colo do útero depende do grau de comprometimento do organismo.
«O ideal é descobrir as lesões pré-cancerosas antes de evoluírem para cancro», alerta a ginecologista. «Mas em apenas uma em cada cem mulheres o HPV evolui para o cancro.»
A prevenção contra a doença inclui a prática de sexo seguro, a vacinação e exames regulares - como o papanicolau e a consulta ginecológica de rotina.

Fonte: Agência LUSA


20 julho 2012

Portugal tem a melhor taxa de cobertura da vacina contra HPV



Portugal é considerado, pela Organização Mundial de Saúde, o país com melhor taxa de cobertura de contra o Vírus do Papiloma Humano. O vírus é uma das causas do cancro do colo do útero.
De acvacinação ordo com a sub-directora geral da Saúde, Graça Freitas, esta boa classificação de Portugal foi transmitida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A classificação surge de uma análise dos sistemas dos países do mundo que têm a vacina contra o Vírus do Papiloma Humano (HPV, na sigla em inglês) no Plano Nacional de Vacinação.
Em relação às raparigas que são alvo de uma campanha de vacinação - grupos de jovens nascidas em 1992, 1993 e 1994 - Graça Freitas indicou que 88,4% iniciaram o processo e 83,9% já o completaram.
A introdução da vacina contra infecções por HPV no Programa Nacional de Vacinação foi aprovada a 20 de março de 2008.
Segundo a Direção Geral da Saúde, a vacinação universal de rotina tem como objectivo a prevenção de infecções pelo vírus e a diminuição, a longo prazo, da incidência do cancro do colo do útero.
Em Portugal, cerca de 350 mulheres morrem anualmente vítimas de cancro do colo do útero, sendo diagnosticados mil novos casos todos os anos.

Data: 21-05-2012   Autor: JN

05 junho 2012

Sociedade Cada vez mais pessoas chegam ao hospital sem saber que têm VIH

Quase metade dos doentes que chegam aos hospitais infetados com o Vírus da Imunodeficiência Humana, sem o saber, já estão em tal fase da doença que acabam quase sempre por morrer, disse, esta segunda-feira, a presidente da Associação Abraço. 

A propósito dos 20 anos desta associação de apoio a seropositivos, que se assinalam terça-feira, Margarida Martins chamou a atenção para o estado avançado da infeção por VIH com que chegam ao hospital os doentes que desconhecem ter sido infetados.
Esta situação deve-se ao aumento do número de pessoas que não faz testes ao VIH, desconhecendo o seu estado.
"Quarenta por cento das pessoas que chegam ao hospital, sem saber que estão infetadas, chegam muito mal e muitas para morrer", disse, acrescentando que esta é "uma situação que se tem vindo a agravar".
A explicação para esta realidade é a política de prevenção que tem sido descurada.
"Não há um plano para parar esta pandemia. É preciso chamar a atenção dos jovens para a infeção, mas também alertar as pessoas para a necessidade de saberem o seu estado, para terem acompanhamento médico e não chegarem ao hospital para morrer, porque nunca fizeram o teste do VIH", afirmou.
A responsável lembra que há menos chamadas de atenção, menos campanhas de sensibilização e de prevenção, e exemplifica com o caso da associação a que preside.
"Deixámos de ter espaço para campanhas em horário nobre. Deixámos de ter apoios. Era tudo pro bono, mas há oito anos que não conseguimos fazer isso - com a lei dos oito minutos de publicidade, deixámos de conseguir entrar nas televisões", alertou.
Para Margarida Martins, o agravamento desta situação é acompanhada de outros casos preocupantes, como a substituição de medicação em alguns hospitais, sem que os doentes tenham disso conhecimento.
"Alguns hospitais mudam as terapêuticas sem informar as pessoas, só para baixar os custos", denunciou.
Outro problema com que os doentes se têm deparado é a necessidade de irem mensalmente aos hospitais para receber a medicação, quando antigamente iam aproximadamente de três em três meses.
Segundo Margarida Martins, trata-se de mais uma política de contenção de custos que obriga a que as pessoas tenham que se deslocar mais vezes aos hospitais.
Para assinalar os seus 20 anos de existência, a Abraço vai "animar" as cidades de Lisboa e Porto durante a tarde, com passeios pelas ruas, em autocarro de dois andares, com música ao vivo dos "Tocárufar" e com animação a cargo de DJ's.
Simultaneamente serão distribuídos preservativos dourados, juntamente com informação, "sem tabus nem preconceitos", de consciencialização para a importância da prevenção do VIH/Sida.

11 maio 2012

Peritos aprovam remédio como tratamento preventivo contra o vírus da sida

Um comité de especialistas recomendou a aprovação por parte da agência norte-americana que regula os medicamentos (FDA) das pílulas Truvada, para que passem a ser prescritas como preventivas d o risco de infecção pelo vírus HIV, responsável pela sida.




A pílula produzida pelos laboratórios Gilead Sciences Inc já é prescrita a pessoas portadoras do HIV mas nunca foi aprovado como método preventivo.

A decisão dos peritos foi tomada nesta quinta-feira e está a ser encarada em termos internacionais como a primeira vez que os peritos aprovam uma droga cuja função é prevenir a infecção de pessoas saudáveis que tenham comportamentos de risco. Porém, há especialistas internacionais que se questionam sobre o preço e a real eficácia preventina do Truvada, temendo ainda que os métodos actuais de prevenção da infecção possam ser simplesmente abandonados por aqueles que acreditarem na real eficácia do medicamento.

O comité de peritos apoia o medicamento por larga maioria. Após 11 horas de reunião, a votação foi claramente favorável. Esta decisão não significa a utilização imediata do medicamento como método preventivo – a FDA ainda terá de aprovar essa utilização. A agência não é obrigada a seguir as decisões dos peritos, mas de acordo com a BBC, é costume fazê-lo. A FDA deverá pronunciar-se em definitivo sobre a questão até 15 de Junho, de acordo com uma porta-voz citada por diferentes jornais norte-americanos.

O painel efectuou três votações após analisar o historial de testes e toda a documentação relativa ao uso do Truvada. Na primeira votação, que acabou com o resultado de 19 votos a favor e três contra, os peritos aprovaram o uso desta pílula como método preventivo para os grupos de maior risco, isto é, homens que fazem sexo com outros homens e que sejam seronegativos (não portadores do HIV).

Na segunda votação, que registou 19 votos a favor, dois contra e uma abstenção, foi aprovada a possibilidade de venda do medicamento para os casais heterossexuais em que um dos membros do casal seja seropositivo (portador do HIV). Finalmente, na terceira votação, o painel pronunciou-se sobre a venda do medicamento aos “outros indivíduos em risco de serem infectados por causa das suas actividades sexuais”. Neste caso, a votação foi mais dividida: 12 votos a favor, oito contra e duas abstenções.

O Truvada foi aprovado em 2004 para o tratamento de pessoas infectadas. Combina dois fármacos antirretrovirais (Viread e Emtriva), que lhe permitem controlar a carga viral de pessoas que sejam portadoras do HIV. A documentação encaminhada para os peritos que agora analisaram um alargamento do uso deste medicamento sustenta que, tomada diariamente, esta pílula reduz efectivamente o risco de infecção.

O comité ouviu diferentes profissionais de saúde e outros especialistas durante a reunião, alguns dos quais demonstraram a sua oposição. Uma enfermeira lembrou que a toma diária teria de ser seguida a 100% e isso não iria acontecer, relata a BBC. Outros testemunhos deram conta da preocupação de que isto poderia dar uma falsa sensação de segurança a quem tem comportamentos de risco. Pessoas saudáveis poderiam utilizar o Truvada como “drogas recreativas” em festas de fim-de-semana, aumentando assim o risco de resistência aos medicamentos e, desencorajando também o uso de preservativos, conta a Reuters.

10 maio 2012

Projetos contra a Sida em risco devido a "estrangulamento financeiro"

A presidente da Liga Portuguesa Contra a Sida, Maria Eugénia Saraiva, alertou, esta quarta-feira, para o "estrangulamento financeiro" que a instituição está a atravessar, e que coloca em risco os projetos de apoio aos doentes e o diagnóstico precoce do VIH.
Em entrevista à agência Lusa, a presidente da Liga Portuguesa Contra a Sida, Maria Eugénia Saraiva, adiantou que esta situação é transversal a outras organizações: "A crise está generalizada, mas muito mais nas instituições particulares de solidariedade social (IPSS)", que, no entanto, mantêm a ajuda.
"Queremos continuar a prestar estes apoios", mas a redução, em 2011, das ajudas financeiras às organizações não governamentais da sida veio dificultar esse auxílio.
Segundo Eugénia Saraiva, os apoios da verba já orçamentada em 2011 foram cortados em 75 por cento (%). "Todos os orçamentos dos projetos tiveram um corte de 20% sobre o orçamento de 2008".
Este ano, disse, o Ministério da Saúde informou que não serão abertos novos concursos. "Fomos ainda informados de que não se sabe como é que será de hoje para a frente".
Para a responsável, este "é um momento de angústia para todos aqueles que trabalham nestas organizações, mas muito maior para os principais destinatários das instituições".
A presidente da Liga considera que as instituições têm pela frente um desafio: "Não sabemos como vamos poder continuar a dar as respostas adequadas e com a mesma qualidade".
"Queremos continuar a trabalhar, mas está a ser difícil, porque estão em risco todos os projetos em curso e todas as ações e serviços que as IPSS prestam à comunidade, nomeadamente à população de grande vulnerabilidade", alertou.
Avisou ainda que está também em risco "o diagnóstico precoce do VIH/Sida, o controlo desta infeção": "Referi sempre que não podíamos baixar os braços e, neste momento, estão a cortar-nos a fórmula de garantir este apoio".
A Liga tem desenvolvido uma atividade de informação e educação junto da população, e continuado a apoiar gratuitamente as pessoas infetadas e os seus familiares, "mas, neste momento, também está a sofrer com o estrangulamento financeiro que todo Portugal sente e as IPSS mais ainda".
"Estamos há mais de duas décadas no combate ao VIH/Sida em Portugal e temos sentido, de ano para ano, as dificuldades que os portugueses têm em se manter solidários com a nossa causa, uma situação que se agravou muito mais este ano".
Nesse sentido, apelou, todos os apoios são fundamentais: "Por mais que pensem que o valor que podem dar é diminuto, para nós é muito importante, seja em termos de voluntariado, seja em termos financeiros".
Ao mesmo tempo que escasseiam os apoios, aumentam os pedidos de ajuda à LPCS.
"Os nossos utentes não têm dinheiro para comer e para comprar medicamentos generalistas". Para dar resposta a estas situações, a Liga abriu um serviço de apoio alimentar e de bens de higiene.
A presidente da LPCS lembrou que estes doentes, além de sofrerem de uma doença "bastante vulnerável", sofrem também do "vírus social da discriminação e do estigma".
"A crise afeta sempre os mais vulneráveis e afetará muito mais quem sofre de uma doença que, apesar de 22 anos decorridos da nossa ação no terreno, ainda sofre de um grande estigma social", lamentou.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Saude/Interior.aspx?content_id=2506528&page=-1

HPV provoca anualmente 11 mil casos de lesões genitais masculinas

O papilomavírus humano (HPV) provoca anualmente mais de 11 mil novos casos de lesões genitais nos homens, segundo um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública, que sublinha que esta não é uma doença exclusivamente feminina.


Entre 75% e 80% dos homens e mulheres sexualmente ativos deverão ser infetados pelo HPV, ao longo da vida. Os homens, que até há pouco tempo eram apenas vistos como transmissores, são afinal muitas vezes afetados por um vírus que pode causar vários tipos de cancros e diversas doenças genitais.
A vacina contra quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18), que até agora era indicada apenas para as mulheres até aos 45 anos, passou a estar também indicada para os homens até aos 26 anos.
Um estudo europeu - "HPV Vaccination - Quantitative Market Assessment for Boys and Young Men" - revela que apenas metade dos homens portugueses, com idades entre os 18 e 26 anos, tem conhecimento da existência do HPV. Destes, apenas pouco mais de metade (55%) acredita estar em risco de contacto com o vírus.
De acordo com um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), os tipos de HPV contidos na vacina quadrivalente são responsáveis por vários tipos de cancros em ambos os sexos. Os condilomas (lesões) genitais são a doença por HPV mais frequente em Portugal, "causando cerca de 11.100 novos casos por ano no sexo masculino, o que representa um custo de cerca de 2,5 milhões de euros em diagnóstico e tratamento".
A vacina para o HPV foi lançada em Portugal em 2007, estando incluída no Programa Nacional de Vacinação, desde 2008, para adolescentes do sexo feminino com 13 anos.
De acordo com um estudo da Escola Nacional de Saúde Pública, os vírus de HPV 6, 11, 16 e 18 são responsáveis por 752 casos de cancro do colo do útero e 58 cancros da vulva e da vagina. Nas mulheres, todos os anos surgem cerca de 8.800 novos casos de condilomas genitais.
O HPV é um vírus que infecta os tecidos e mucosas em locais diferentes do corpo. Normalmente o organismo elimina o vírus sem manifestar sintomas. Porém, num número significativo de casos, o vírus pode infetar o tecido com persistência, causando lesões que podem evoluir para cancro.
Estima-se que os tipos 6 e 11 do HPV são responsáveis por cerca de 90% dos casos de condilomas (verrugas) genitais.
Já os tipos 16 e 18 do HPV são responsáveis por cerca de 70% dos casos de cancro do colo do útero, 80% dos casos de adenocarcinoma in situ, 45% a 70% dos casos de lesões pré-cancerosas do colo do útero.
Estes dois tipos de virus estão ainda associados a 70% dos casos de lesões pré-cancerosas da vulva e da vagina e de lesões pré-cancerosas do ânus, 80% dos casos de cancro anal e 50% dos casos de cancro do pénis relacionados com HPV.



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13 abril 2012

Teste de deteção da tuberculose vale distinção a portugueses

Dois investigadores portugueses descobriram um novo teste para diagnóstico da tuberculose, mais rápido e mais barato, um feito que lhes valeu a atribuição de um prémio de mérito que será entregue na sexta-feira. 

Pedro Viana Baptista, do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova, e Miguel Viveiros Bettencourt, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, descobriram um sistema inovador para detetar o agente etiológico da tuberculose e as mutações mais frequentemente implicadas na resistência a antibióticos.
Em declarações à Lusa, Pedro Baptista explicou que "dentro das problemáticas da tuberculose, um dos principais fatores de combate é a identificação da infeção", nomeadamente porque as técnicas são demoradas ou muito caras e grande parte da tuberculose dá-se em países sem recursos financeiros.
Além disso, a tuberculose "tem ganho mecanismos de resistência" que dificultam ainda mais a sua deteção.

No estudo premiado, intitulado "Nano TB Nanodiagnostics for XDRT at a point-of-need", utiliza-se um sistema de nanotecnologia para fazer um diagnóstico molecular e identificar a presença, ou não, do organismo e se tem padrão de resistência.
"Utilizam-se nanoparticulas de ouro, que ficam estáveis e apresentam uma coloração vermelho rubi quando detetam a presença de DNA do microrganismo que causa a tuberculose e sequencias associadas à resistência a antibióticos", explicou.
Em contrapartida, na ausência do microrganismo, as nanoparticulas não ficam estáveis e, juntando-lhes sal, adquirem uma coloração azul, acrescentou.
Por serem necessárias apenas pequenas quantidades, é possível cortar no preço, salientou o investigador, especificando que, tendo em conta apenas o cálculo do custo direto (sem margem de lucro), esta técnica é 10 vezes mais barata do que as atualmente utilizadas.
Pedro Baptista adiantou que este modelo de deteção já funciona e está em fase de validação.
Uma vez alcançado este primeiro objetivo, poderá ser feita a transposição do laboratório para regiões onde as populações são mais afetadas pela doença e onde existem mais fracos recursos.
"Pode ser usado descentralizadamente, em hospitais de campanha, independente de todas as tecnologias", explicou, comparando com os testes de gravidez que se compram nas farmácias. 

O investigador afirmou existirem já algumas empresas nacionais e alguns consórcios europeus interessados na transferência de tecnologia do protótipo.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a tuberculose persiste como uma das mais sérias doenças infeciosas a nível global, com cerca de 1,1 milhões de mortes e 8,8 milhões de novos casos em 2010.
O Prémio de Mérito Científico Santander Totta/Universidade Nova será entregue numa cerimónia a decorrer sexta-feira na reitoria da Universidade Nova, com a presença de Jorge Sampaio, enviado do secretário-geral das Nações Unidas para a tuberculose, e do diretor-geral da Saúde, Francisco George.


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21 março 2012

Teste da Mulher - um exame ao seu alcance


15 de Março de 2012 por UCV 
 
A deteção precose de HPV's de alto de risco, principal causa do cancro do colo do útero, é agora mais fácil. Tudo graças ao Teste da Mulher. O kit de recolha é o primeiro em Portugal e foi desenvolvido pela Infogene, uma spin-off da Universidade de Coimbra.

16 março 2012

Estudo sobre comportamentos dos jovens

São os mais tristes, os mais irritados, dos que menos fazem exercício físico diário, dos que menos gostam da escola. São apenas exemplos de uma tendência que se repete: são os adolescentes alentejanos e algarvios os que tendem a apresentar mais comportamentos de risco, referem dados do estudo português sobre comportamentos em saúde de jovens em idade escolar (Health Behaviour in School-Aged Children), que é feito no âmbito da Organização Mundial de Saúde e em que participam mais 43 países.

À excepção da melhor comunicação com os amigos e menos lesões sofridas, é a sul do Tejo que estão os resultados mais negativos, admite Margarida Gaspar de Matos, a coordenadora do estudo que inquiriu uma amostra representativa da população nacional (e regional) de 5050 adolescentes portugueses dos 6.º, 8.º e 10.º anos de escolaridade, com uma média de idades de 14 anos.

Antes de mais, as boas notícias: comparando os dados deste estudo, cujo inquérito é de 2010, mas que já tinha sido feito em 1998, 2002 e 2006, constata-se que a saúde dos adolescentes tem vindo a melhorar desde 2002, o que se traduz na diminuição do consumo de tabaco, na sexualidade mais responsável, na diminuição da violência, no bem-estar físico e psicológico, na satisfação com a vida e na saúde oral.

Mas as respostas dos inquiridos de 2010 vistas à lupa dão conta de diferenças dentro do país que, defende a coordenadora, têm que ser tidas em linha de conta. Desde logo, no Alentejo há 11,3% de miúdos que dizem estar tristes ou deprimidos e 9,4% de algarvios que dão a mesma resposta. Em Lisboa esse valor é de 8,8%, no Norte de 8,2% e, no Centro, de 6,4%. O Alentejo e o Algarve são as duas regiões onde foram registados maiores índices de obesidade - 3,6% destes jovens estarão nesta situação, contra uma média nacional de 3,4% (era de 2,3% em 1998).

No consumo de substâncias, é no Alentejo que mais os adolescentes dizem ter ficado embriagados mais de dez vezes na vida (6,1%) e 5,8% reportam mesmo o consumo semanal de bebidas destiladas. No resto do país, estes números ficam em torno dos 2 a 3%. É também naquela região que há mais jovens (31,6%) a dizer que não gostam da escola (a média nacional é de 23,5%).

O estudo sinaliza o problema, mas não estudou as causas da concentração destes resultados nas duas regiões. Mas Margarida Gaspar de Matos, que é psicóloga, deixa algumas pistas. "Estas são regiões em que há menos jovens, estão mais espalhados e isolados", o que potencia efeitos de grupo. "Se há um grupo que adere [a um dado comportamento], é mais fácil criar uma moda de grupo - há menos espaço para a diferença".

As diferenças regionais encontradas são uma chamada de atenção para o facto de as medidas nesta área terem que ser pensadas localmente, o que passa pela "autonomia das escolas e a valorização das autarquias". "Uma boa solução para o Norte pode não ser uma boa solução para o Sul."

Há especificidades nas várias regiões. "O Norte tem, em geral, melhores resultados", mas, apesar de ter menos jovens que iniciaram relações sexuais (19,3% face aos 21,8% de média nacional), os que a iniciaram são os que menos dizem usar preservativo (79,1% face aos 82,5% em termos nacionais) e, por isso, estão em maior risco.

Educação Sexual traz ganhos

O Centro está melhor na prática de actividade física e pior na higiene oral e em Lisboa e Vale do Tejo há índices de obesidade menor, mas "há maior violência interpessoal". Por exemplo, são 7,3% os jovens desta região que dizem ter estado envolvidos em lutas no último ano, o valor mais alto no país, e 4,5% os que dizem ter provocado alguém na escola nos últimos dois meses anteriores ao inquérito (a média do país fica-se pelos 2,7%).

Em termos nacionais, Margarida Gaspar de Matos, que dirige a equipa de investigadores da Faculdade de Motricidade Humana e Centro de Malária e Doenças Tropicais, em Lisboa, sublinha que os adolescentes que mais tiveram Educação Sexual tendem a ser os que iniciam a sua vida sexual mais tarde e os que menos têm relações sexuais desprotegidas. "A Educação Sexual só tem vantagens", conclui. A maioria (65,9%) diz que os seus professores abordaram estes conteúdos nas aulas.

Dos alunos de 8.º e 10.º ano inquiridos, são 23,5% os que já iniciaram a sua vida sexual nunca tendo tido Educação Sexual, um número superior aos 20% de alunos da mesma idade que dizem tê-lo feito tendo tido contacto com aqueles conteúdos. Há uma diferença de três pontos percentuais no uso do preservativo entre os que tiveram Educação Sexual e os que não tiveram: 96% no primeiro caso e 93,1% na segunda situação. Os alunos que tiveram Educação Sexual revelam também menos comportamentos discriminatórios face a pessoas infectadas com VIH/sida. 

16.03.2012 - 09:15 Por Catarina Gomes

08 março 2012

Universidade do Minho Proteína do leite pode ser decisiva para travar cancro da mama


Travar ou mesmo prevenir o aparecimento das células malignas responsáveis por alguns tipos de cancro da mama pode passar por um gesto tão simples como beber leite. A conclusão faz parte de um estudo conduzido pelo Centro de Engenharia Biológica da Universidade do Minho, que acaba de ser publicado no Journal of Dairy Science.

A investigação, que foi conduzida por Lígia Rodrigues, permitiu descobrir que uma proteína do leite, a lactoferrina, é capaz de reduzir para metade a viabilidade das células cancerosas e em dois terços a sua proliferação. A equipa do estudo defende, por isso, que tanto o leite como os seus derivados sejam enriquecidos com esta proteína como forma de prevenir o cancro da mama ou de evitar que este se alastre no organismo.

Em Portugal, surgem todos os anos 4500 novos casos de cancro da mama e registam-se 1500 mortes. Apenas 1% dos casos são em homens, mas em geral os tumores são agressivos e não são detectados de forma precoce por desconhecimento dos doentes.

“Esta investigação é de particular relevância para a indústria alimentar. O consumo de leite e derivados, ou mesmo produtos enriquecidos com lactoferrina, pode no futuro constituir uma forma natural de prevenir o cancro de mama ou de melhorar o tratamento dos pacientes”, explica Lígia Rodrigues. A investigadora sublinha que esta proteína já tinha revelado um papel potencialmente importante noutros tipos de cancro, pelo que o futuro passará por perceber as doses ideais que devem ser incluídas na dieta humana.

A lactoferrina – uma glicoproteína – está presente no soro do leite e é capaz de se ligar ao ferro, pelo que pode ser encontrada em vários fluidos corporais, como sangue, lágrimas, saliva ou sémen. Esta proteína consegue inibir a proliferação celular e tem também propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, o que dificulta que as células malignas se reproduzam e se alastrem a outros órgãos sob a forma de metástases.

Apesar de a comunidade científica, em geral, reconhecer que a alimentação é um ponto chave na prevenção e tratamento de muitas doenças, a verdade é que ainda se sabe pouco sobre muitas substâncias que integram os alimentos.

Neste estudo em particular, a equipa olhou apenas para os efeitos da lactoferrina do leite bovino em duas linhas celulares de cancro de mama (HS578T e T47D), uma das quais não tem receptor de estrogéneos, tendo por isso um pior prognóstico perante os tratamentos que existem actualmente. “As células sem este receptor correspondem em geral a tipos de tumores mais agressivos, cuja terapêutica existente não é muito eficiente”, refere o estudo, pelo que uma resposta à lactoferrina “seria um relevante avanço científico”.

Já em Janeiro, uma equipa internacional de investigadores coordenada por uma portuguesa identificou compostos antioxidantes com maior capacidade de prevenção de cancros da mama e da pele presentes em produtos da dieta mediterrânica, conseguindo determinar as dosagens benéficas e danosas. Os compostos antioxidantes com efeito preventivo estudados estavam presentes em produtos como o azeite, vinho tinto, frutos frescos (nomeadamente os vermelhos), legumes e cereais, entre outros, segundo disse na altura Maria Paula Marques, da Universidade de Coimbra (UC), que coordena a equipa de investigadores.

Por Romana Borja-Santos

07 março 2012

Cuba vai testar vacina contra a Sida

Cuba vai iniciar este ano testes clínicos em humanos seropositivos com uma vacina contra a Sida depois de ter realizado, com sucesso, investigações com ratos, informou o responsável pelo projeto, o microbiólogo cubano Enrique Iglesias.

O responsável explicou em declarações à agência noticiosa Efe, durante o Congresso Internacional "Biotecnologia Havana 2012", que o produto denominado TERAVAC-HIV-1 tem três proteínas, uma delas obtida através de engenharia genética, e pretende alcançar uma resposta celular contra o vírus, que destrua as células infetadas.


Iglesias salientou que será iniciada uma fase "muito primária" dos testes, alertando que "não se pretende gerar falsas expetativas" sobre a sua possível eficácia terapêutica, que terá ainda de ser provada com ensaios futuros.


Nesta investigação participam biólogos, médicos e especialistas do Centro de Engenharia Genética e Biotecnologia e do Instituto de Medicina Tropical Pedro Kourí, de Havana.



"Este é o primeiro teste que realizamos em humanos, pretende alcançar segurança, permitir observar se após a sua aplicação ocorrem reações secundárias como febre, inflamação na área de inoculação ou dores de cabeça", explicou, salientando que "ainda há um longo caminho a percorrer".


Os testes serão realizados em 26 seropositivos que ainda não estão doentes e que decidiram de forma voluntária submeter-se aos mesmos.







Enfarte na mulher chega sem avisar, mata mais e deixa mais sequelas

As doenças cardíacas nas mulheres estão a aumentar e a matar cada vez mais, (...). Chegam sorrateiramente, sem os sintomas típicos, e deixam mais sequelas do que nos homens.

Esta é uma realidade que está a deixar preocupada a comunidade médica, em Portugal e na Europa, que procura respostas para uma doença que tem manifestações diferentes nas mulheres, com consequências mais desastrosas, mesmo ao nível das intervenções médicas.

Várias médicas cardiologistas pertencentes a um organismo europeu chamado "Women in nnovation" (WIN) revelaram num encontro médico, decorrido na semana passada em Praga, que os  enfartes do miocárdio estão a aumentar nas mulheres e são muitas vezes irreconhecíveis, sem sintomas ou com sintomatologia diferente da clássica dor no peito.

Uma doença que classicamente se associa ao homem, porque a natureza dotou a mulher de uma hormona (estrogénio) que protege fortemente o coração, mas que agora se vira cada vez mais para o sexo oposto, em consequência dos novos hábitos de vida das sociedades.

De acordo com a cardiologista de intervenção do Hospital de Santa Marta Lídia Sousa, os enfartes estão a aumentar na população feminina mais jovem pelo crescimento dos hábitos de tabagismo, em particular quando associados à utilização da pílula.

Mas há também outros fatores de risco relacionados com o estilo de vida, como a obesidade e o sedentarismo, e com o "aumento da sobrevida, que acarreta um aumento das doenças concomitantes e dos fatores de risco cardiovasculares".

Quanto ao maior impacto que a doença tem na mulher, Lídia Sousa explica que existe "uma evolução menos favorável", que é condicionada por vários fatores: o aparecimento numa idade mais tardia, em que a presença de co-morbilidades é mais significativa, o diagnóstico mais tardio e menos frequente nas mulheres (e subsequente tratamento menos adequado e tardio).

A taxa de mortalidade nas mulheres por síndrome coronário agudo é mais elevada do que nos homens, novamente pela idade e co-morbilidades, mas também por outros fatores como o facto de terem artérias de menor calibre e terem maior risco hemorrágico.

"As mulheres, além de maior mortalidade, parecem ter também mais evolução para algumas das complicações mecânicas do enfarte e para insuficiência cardíaca", salientou.

Os dados apresentados pelas WIN mostraram também que após a angioplastia primária - técnica de desentupimento das artérias tida com a mais eficaz no enfarte do miocárdio - todas as mulheres submetidas a esse tratamento tiveram complicações relacionadas com o sangue, que 37 por cento têm mais risco de morte, de complicações e de re-hospitalizações do que os homens e as mulheres com mais de 55 anos têm cinco vezes mais risco de morte.

Segundo Lídia Sousa, estas complicações explicam-se também pela idade, pelas co-morbilidades e pelos diagnósticos tardios, mas também por aspetos relacionados com a "anatomia das coronárias e com o risco hemorrágico".

Os diagnósticos tardios ou errados nas mulheres explicam-se por quadros de dor ou mal-estar que apresentam, mais difíceis de interpretar, por não seguirem o padrão habitual.
egundo a médica, algumas queixas são, por exemplo, interpretadas como "quadros de origem osteo-articular ou abdominais".
As doenças cardiovasculares (cardíacas e cérebro-vasculares) são a principal causa de morte nas mulheres, sendo que uma em cada três mortes são motivadas por problemas cardíacos.

De acordo com os dados do Registo Nacional de Cardiologia de Intervenção, entre os doentes submetidos a angioplastia coronária percutânea, a mortalidade intra-hospitalar para as mulheres com enfarte foi superior (4,5% versus 2,7% nos homens), sendo que estas constituem já 25% do total destes doentes.


http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Saude/Interior.aspx?content_id=2347579&page=-1



02 março 2012

Rede Sobre Trabalho Sexual apoia casa segura para sexo na Mouraria

A Rede sobre Trabalho Sexual manifestou esta quinta-feira a sua aprovação à ideia de criar de um espaço de sexo seguro, no bairro da Mouraria, em Lisboa, designado por "Safe House".
A proposta da Obra Social das Irmãs Oblatas e do GAT (Grupo Português de Ativistas sobre Tratamentos de VIH/Sida) à Câmara Municipal de Lisboa é vista com bons olhos por esta rede, que agrega a Agência Piaget para o Desenvolvimento (APDES), a Associação para o Planeamento da Família (APF), a Associação Existências, GAT e Panteras Rosa.

Para esta rede de associações, a proposta pode dar "maior dignidade humana aos trabalhadores do sexo da Mouraria", por poder proporcionar "melhores condições de segurança no trabalho", ao reduzir riscos para a saúde e contribuir para a "diminuição do estigma e da discriminação", assim como "eliminar eventuais situações de exploração".
A rede lembra que a prostituição não é ilegal no país e que no Código Penal Português estão apenas previstas situações de incentivo (lenocínio).
No caso de avançar o modelo de cooperativa de mulheres, a rede entende não existir qualquer ilícito.

Em comunicado, a RTS quis ainda distinguir esta proposta de uma casa de sexo seguro de um bordel.
"A introdução da palavra 'bordel' na discussão que está a ser feita vem apenas confundir, ao associar, mesmo que implicitamente, este projeto com a exploração da prostituição com fins lucrativos", além de dotar o projeto de "carga negativa", sublinha.

http://www.jn.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=2337598&page=-1 

14 fevereiro 2012

Maioria das jovens universitárias esquece-se de tomar a pílula

Apenas uma em cada cinco jovens que utiliza a pílula "nunca" se esquece de a tomar, revela um estudo nacional, que alerta para a elevada percentagem de mulheres em risco de gravidezes não-desejadas. 

O "Inquérito Sobre Saúde Sexual e Reprodutiva dos Jovens Universitários" foi levado a cabo em 15 universidades, durante o mês de Janeiro.
A Associação para o Planeamento da Família (APF) divulgou, esta segunda-feira, os resultados dos 2741 inquéritos que indicam que dois em cada três jovens (64%) usam apenas um método contraceptivo: o preservativo aparece em primeiro lugar (49%), seguido da pílula (38%).
No entanto, "apesar da pílula ser um dos métodos contraceptivos mais referenciado, cerca de 76% das utilizadoras reconhecem esquecer a sua toma, expondo-se a uma gravidez não-desejada", refere o estudo que entrevistou jovens com uma média de idades que rondava os 21 anos.
"Apenas 1/5 das estudantes, actualmente a tomar a pílula, declara nunca se esquecer de a tomar, existindo desta forma uma elevada percentagem de utilizadoras em risco de gravidez indesejada/não planeada", lê-se no estudo divulgado na véspera do Dia Europeu da Saúde Sexual.
Seis por cento das universitárias dizem que se esquecem pelo menos uma vez por mês de tomar a pílula, sendo que 4,8% admitiram mesmo esquecer-se "muitas vezes", refere o estudo que nestas questões em concreto teve por base 939 respostas.
No total, apenas 5% dizem não usar qualquer método contraceptivo, apesar de 18% dos inquiridos não responderem qual a forma de contracepção que usa. São muito poucos (2%) os que desconhecem que nos centros de saúde são disponibilizados gratuitamente métodos contraceptivos.
Os investigadores perceberam ainda que a predisposição da população universitária para a utilização de métodos alternativos de contracepção está directamente dependente do conhecimento que têm sobre os mesmos.
Na véspera do Dia dos Namorados, o estudo revela que a maior parte dos estudantes só refere três a cinco métodos contraceptivos, sendo que os estudantes do norte conhecem menos alternativas na contracepção em relação ao sul. Os métodos mais referidos continuam a ser o preservativo masculino, pílula e os dispositivos ou sistemas intrauterinos.
No entanto, o conhecimento de alternativas aos métodos convencionais (preservativo e pílula) é amplamente mais reduzido: o anel vaginal, em conjunto com outras opções, é referenciado somente por 30% dos estudantes.
Somente 0,5% referiu utilizar o anel vaginal, sendo que quase metade (48%) dos jovens desconhecia que este era um método contraceptivo hormonal que se introduz na vagina com um período de actuação de três semanas.
O desconhecimento dos jovens sobre a saúde sexual e reprodutiva verifica-se quando quase metade dos jovens (46%) afirma desconhecer que o 1.º dia de um ciclo corresponde ao 1.º dia da menstruação e 49% acredita que a infecção sexualmente transmissível Clamídia é uma simples infecção urinária.
"Apesar de uma percentagem baixa, não deixa de ser preocupante que 4,3% dos estudantes considerarem como 'verdadeiro'" o pressuposto de que "só homossexuais, prostitutas e toxicodependentes podem ser infectados pelo VIH/Sida", refere ainda o estudo a que a Lusa teve acesso.
Lembrando que o grupo de pessoas inquiridas se trata de jovens universitários com "acesso privilegiado à informação", os investigadores consideram que "existe ainda um longo caminho a percorrer no esclarecimento e na informação desta população".